quinta-feira, 18 de novembro de 2010

VALEU!!!

Dizem que mulher fala demais, veja só, fui fazer um breve comentário no blog do meu compadre, num é que me senti uma escritora de best seller. saiu qualquer coisa menos um "breve comentário". Além de falar agora escrevo demais, isso nem Nietzsche e Freud justos diriam que é empogação feminina, rsrsrsr...


Devaldo,

Li e gostei da sua postagem sobre harmonia “Segundo Mancha”, por está razão peço licença não para distorcer ou discordar, mas se possível, contribuir com minha idéia fundamentada em alguns projetos que participo. Concordo que quando se fala de harmonia de escola de samba é primordial que o diretor de harmonia entenda de musica, ritmo e melodia. Mas quero expor minha opinião num ponto focado por você.

Infelizmente, pecamos muito quando tentamos comparar o nosso carnaval com o do RJ, haja vista que alguns de nosso compositores, carnavalesco, mestres de bateria, diretores de harmonia etc., tenham dificuldade para implantar um novo conhecimento, porque se entusiasmam com experiências que dão certo. Muitos de nós cruzamos a BR 101 Sul, e em poucas horas... Opa! Calma lá! Agora podemos aproveitar as promoções aérea, e, num cochilo estamos na Cidade Maravilhosa, onde o carnaval tem uma estrutura política, social e participativa longe da nossa realidade. Alguns dos que vão com objetivo de sugar boas experiências, até conseguem trazer, mas a prática é exigente.

Com isso, até temos bons enredos, porém sem planejamento, sem conhecimento das diretorias; diretores de carnaval, harmonia, bateria entre outros que não se preocupam em entender ou estudar o tema, e no final os autores precisam ser sucintos em seus temas porque as agremiações não têm verba para bancar os enredos. Lá no RJ, o tema é mais aprofundado, mais trabalhado é escolhido com tempo suficiente, visando os recursos necessários para o desenvolvimento perfeito.

Letras e Melodias muitas vezes incompreendidas pelos nossos jurados, porque vieram de uma outra atmosfera do samba, depois os compositores são duramente criticados por fazerem uso de recursos que estão ao seu alcance. Lá no RJ, haja o que houver compositor é tratado como poeta. As agremiações têm base para preparar futuros compositores.

Paradinha, bossa, breque (tudo a mesma coisa!) e corte, fazem parte do desenho do samba dentro de uma criatividade rítmica criada pelos mestres de bateria, que na realidade não podem ousar com evoluções (isso faz parte dos critérios de julgamento), porque os jurados não compreendem nosso ritmo, ainda dizem que é maracatu, frevo, funk ou congo, menos samba. Lá, no RJ as baterias fazem evolução, correm, marcham, sobem e descem em carros alegóricos; sai até carros, mulheres “lindas e maravilhosas” de dentro das baterias, o recuo então, esse nem se fala, é um espetacular. (Entendo que certos elementos aqui é crucial para a harmonia, mas isso fica para outro capitulo)

E tem muitos outros paralelos, citei esses três por ser a base do trabalho das nossas agremiações.

Apesar disso, aqueles que tomados por inspiração turística, tentam a todo custo impor sem ter conhecimento de sua própria realidade, estam propenso a um desgaste, e, o que muitas vezes o leva a pensar se vale a perna fazer carnaval no espírito santo. Daí, das duas uma, ou só sai em escolas do Rio, por ser glamoroso, ou abandonam o carnaval por não se encontrar dentro do contesto. Comparações sempre existiram, não sou contra em ouvir, ver e aprender com quem sabe fazer carnaval. No entanto, penso que o desenvolvimento de uma nova moldagem para o nosso carnaval pode vir através de intercambio que vise o crescimento para todos os setores do nosso carnaval, podemos sair aqui e lá, trocarmos idéias e aprendizados, mas não podemos esquecer as nossas origens, raízes, de onde vem nosso carnaval, e isso alguns, bem poucos, já entenderam.

Marinilce Pereira
Mídia - Conceito Propaganda

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