segunda-feira, 22 de novembro de 2010

HARMONIA SEGUNDO MANCHA


MÓDULO 2

Ainda na parte musical, já falamos de escolhas de sambas, mas ainda falta polemizar em torno dos “ANDAMENTOS”, que vêm sendo adotados pelos mestres de bateria, bem como pelos compositores.

A maioria dos mestres e compositores estão indo na onda de quem? Do carnaval carioca, aí um sabido se apressa e diz, mas nós temos que seguir quem sabe, e o Rio de Janeiro continua lindo e sendo a capital do carnaval. Cuidado camaradas, quase tudo de lá que copiamos aqui, já é velho pra eles. Continuamos copiando mal e porcamente o que já passou por um estágio de evolução, repito que por esse fato nosso carnaval não tem uma identidade capixaba. Já existe uma ala do carnaval carioca discutindo os andamentos das baterias, assustados com o estágio que alcançaram. No inicio justificaram a aceleração, pelo fato de ter que passar com cinco mil componentes em uma hora e vinte minutos. Trago a pergunta caseira, nesse caso, o que é que temos com isso? A maior escola no desfile de Vitória, não desfila com mais de 1500 componentes, um número confortável para fazer um desfile agradável sem stress, o que não justifica os estressadinhos. E o que ocorre pelas bandas de cá? Os mestres de bateria e compositores adotam o mesmo andamento do Rio de Janeiro, raciocinem comigo, tem escola que desfila com pouco mais de 500 componentes, tem uma bateria com uma aceleração que beira o frevo ( segundo mestre Odilon), o que acontece com essas escolas na avenida? Ficam meia hora no portal de início do desfile e depois uma corridinha de trinta ou quarenta minutos, isso porque aqui a duração do desfile é de setenta minutos, e algumas ainda têm que parar na saída para cumprir o tempo mínimo que é de sessenta minutos.

No Rio de Janeiro, alguns mestres acham o máximo usar o “METRÔNOMO” ( aparelho que mede batida por minuto), mas na verdade eles foram induzidos a usar, jurados usam o aparelho como balizadores para monitorar as mudanças no andamento principalmente após as paradinhas.

O mestre Thiago da Porto da s Pedras, diz que o aparelho não substitui a pulsação e emoção dos ritimistas, mas usa para controlar seu andamento que considera como ideal, de 148 a 151 batidas por minuto. Dentre outros mestres que usam, estão Marcão do Salgueiro, Átila do Império Serrano, Marcone da Imperatriz Leopoldinense e Genivaldo da Jucutuquara.

Também passaram a usar o aparelho, os comentaristas meia boca que a globo arruma e vão pra lá tirar onda com os mestres, ninguém merece.

Considerando o avanço tecnológico exposto, os sambas viraram marchas, nossas passistas pipocas no fundo de frigideira, e as cadências que caracterizavam cada comunidade foram para o espaço, com exceção da Estação Primeira de Mangueira, que mantém sua batida inconfundível.

Diante do exposto, o que devem fazer nossos diretores de harmonia? Primeiro procurar saber a diferença entre “ANDAMENTO e “EVOLUÇÃO”, pois estou sabendo que tem gente falando bobagem, depois trabalhar junto às suas diretorias, o melhor andamento de acordo com seus contingentes a serem levados para a avenida.

Beijos no Coração de todos(as)!

Próximo módulo....QUE ESTRUTURA DE HARMONIA PRECISAMOS?

Devaldo Baptista dos Santos/Mancha

Diretor de harmonia da Imperatriz do Forte – ES

devaldo10@gmail.com


Um comentário:

  1. Ôba,rsrsrsrs..., comentando o METRONOMO, bem uso como base de andamento para saber o quanto não devo acelerar a bateria, mas acho que os JUGADORES de bateria de nosso carnaval "PAULISPIXABA",devem considerar marcha assim como alguns entendidos de samba de nossa terra; pois continuo afirmando que não temos ESCOLA de samba para o adamento empregado por alguns MESTRES DE BATERIA,o meu andamento costuma ser entre 140 a 145 batimentos o qual considero muito bom, acima disso somente uma mega escola como as do Rio acho que tem condições de desfilar , mas nosso jugadores tambem vem de um carnaval gigantesco com escolas em torno de 3.000(três mil) a 4.500(quatro mil e quientos)componentes e a visão deles tambem e diferenciada, assim acho que os julgadores de nosso carnaval deveriam antes de desfrutar do conforto e a verba a qual e destinada a eles , deveriam vir conhecer um pouco de nossa história, somos procedentes de BATUCADAS quem não sabe procure se enformar como funcionavam, o Rio procede dos candombles e São paulo dos vários ritmimos que por lá se estalaram , principalmente o fank fazendo com tenham um ritimo diferenciado cada um com op seu cada um, e principalmente as condições adversas de nossas escolas e do nosso carnaval ai sim fariam o julgamento com conhecimento de causa, e os jugaldores de bateria deveriam vir nos dar uma pequena demonstração de seus conhecimentos, isso sim é muito importante , por favor LIGA pense nisso.
    Este debate é importante e nossa LIGA deveria reunir cada setor das escolas para um debate a respeito do assunto, ai sim poderiamos parar com esse chororo, como dizem os mais apaixonados.
    Carnaval 2011, tem que ser mais sério.

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