terça-feira, 9 de novembro de 2010

DEU NO VIVA SAMBA...SAMBISTA

Veja o que pensa o respeitado Devaldo Baptista dos Santos (Mancha)

Eu percebo que as nossas escolas trabalham demais e muitas vezes desnecessariamente, porque nós não temos um carnaval nosso, um carnaval genuinamente capixaba, nós estamos sempre em busca de chegar ao nível do carnaval do Rio de Janeiro. Haja visto que acabamos com nossas batucadas para virarmos escolas de sambas que é característica totalmente carioca. Antigamente tínhamos Santa Lúcia, Mocidade da Praia, Chapéu do Lado, Andaraí, Acadêmicos do Moscoso, Centenário... Isso tudo acabou e viraram escolas para copiarem os cariocas. Esta preocupação com a organização do carnaval que me despertou a vir pra harmonia também. Às vezes a escola desce tão bonita e na hora de conduzir vai tudo por água abaixo. As pessoas trazem Laíla aqui pra falar da realidade da Beija-flor, sendo que as escolas não conseguem ser Mocidade Unida da Glória. Acho que primeiro devemos melhorar o que temos para depois pensar em chegar ao padrão do Rio de Janeiro. Querendo ou não temos duas referências aqui que são Jucutuquara e Mocidade Unida da Glória. Agora se elas são boas ou não muito boas, elas estão na frente e depois delas, a distância é muito grande. As outras escolas têm que chegar ao mesmo nível primeiro e depois caminhar. E o começo de tudo é que as escolas têm que admitir isso. Eu acho que de forma geral o resultado do carnaval dois mil e dez foi maléfico. Outra coisa que estraga são esses concursos onde se elegem, por exemplo, o melhor casal de mestre sala e porta bandeira, sendo que não são, ai eles acreditam que são, continuam naquele mesmo padrão ruim e quem chega depois vai usá-los como referência e nosso carnaval fica patinando.

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