terça-feira, 9 de novembro de 2010

TUDO VERDADE....VIVA SAMBA 3.303

MANCHA REVOLUCIONOU.

Em dois mil e um foi quando eu comecei a preocupar-me com a harmonia, mas trabalhando com a harmonia dentro de nossa realidade. Primeiro passo é tentar acabar com a cultura de distribuição de camisas, nossa cultura ainda é aquela que chega uma pessoa para desfilar seja amigo ou parente de alguém e não tem lugar pra colocar, eles falam, mandam para a harmonia. Pra você ter uma idéia a Jucutuquara já teve duzentos e quarenta e três pessoas na harmonia, vinte e três rádios você acredita? Mais a diretoria, mais os convidados, era uma escola dentro da outra. Dentro dessa filosofia de harmonia, o Sury enquanto carnavalesco da Jucutuquara me deu a missão de limpar o desfile, imagine você o tamanho da minha responsabilidade e problemas, por que pra eu fazer isso foi a base de muita briga, muita briga mesmo por conta dos sub-poderes que se encontram dentro dela, você bate de um lado e do outro e sempre encontra um poderzinho. Pra você despoluir a escola tinha que tirar aquele monte de camisa da harmonia, diretoria, conselho, convidado... E tinha diretor que exigia camisa só pra colocar as mulheres, conhecidos, amigos... Mas eu consegui acabar com isso tudo, estou pagando um preço, mas acho que é um preço justo por que a Jucutuquara melhorou e ficou com uma cultura diferente, e as outras escolas começaram a me perguntar como é que isto funciona, eu digo que tem que ser dentro de cada realidade. Quando falo “eu” é a linha de pensamento, por que você tem que formar um time de pessoas que acreditam num projeto e que querem executá-los, por que é uma luta constante, é uma mudança de filosofia. Você tem que vender a idéia para as pessoas acreditarem que aquilo funciona. Infelizmente conseguiram acabar com este trabalho dentro da escola, principalmente quando colocaram aquele monte de gente (destaque de chão) na frente das alas para destruir todo o andamento do desfile.

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