Estou muito feliz esse ano com o carnaval capixaba, apesar dos pesares do ano passado (aquele verdadeiro engarrafamento de alegorias no Sambão). Falta de respeito de algumas agremiações. Minha consciência só não pesa, pois minha agremiação - Imperatriz do Forte - desfilou na sexta e nesse dia correu tudo tranqüilo com os desfiles.
Amarguei um 9º lugar na verde e rosa. Nossa! Parecia que estava tomando chá de boldo com fel batido. Exatamente por não aceitar ter ficado atrás de escolas que desfilaram sem alguns carros; com carros sem um acabamento legal; alas faltando gente pra caramba e pedaços de fantasia etc.
O bom foi que a Imperatriz foi bem elogiada por surpreender muita gente com um desfile de visual muito bom. Claro que nem só visual ganha carnaval. Por exemplo, a MUG em 2006 quando falou do café, fez um desfile lindo de ver, mas a Jucutuquara levou a melhor.
Quero, entretanto, extravasar minha felicidade. Felicidade pintada com as cores verde e rosa. Ah! Como é bom ver a Imperatriz do Forte se apresentar. A alegria do componente estampado no rosto, às vezes sofrido da gente do morro. Gente que arregaça as mangas e se arregaça pra fazer o carnaval da escola acontecer. Gente como Marco Aurélio, Robinho, Rose, Jacaré, Cristiano, Toninho, Mineira, tanta gente que não cabe nessas linhas. E olha que nem citei o povo do barracão. Realmente uma multidão. Cada um fazendo um pouco, colocando um pequeno tijolo nessa construção cultural. Só entende o que digo, quem vive a experiência do Forte de São João.
E eu? Eu sou apenas um coadjuvante. Uma pessoa que faz a harmonia do casal de mestre sala e porta bandeira. Uma honra para mim! Vejo se a roupa dos dois está tudo certo; recolho os objetos do caminho (latinhas, garrafas, serpentinas e outros) para não atrapalhar a evolução do casal mais importante da minha escola. Ensaio junto com eles, é claro. Precisamos entrar em harmonia todos juntos. Numa mesma voz. Uma só emoção. Canto, canto e canto muito o samba-enredo sem parar, mas, sempre observando os dois e, sinalizando discretamente para ele se moverem, quando é preciso.
No desfraldar da bandeira que gira intensamente pela avenida aí sim, reconheço que estou exatamente onde deveria estar, pois ao avistar o pavilhão verde e rosa entendo o que ele significa. Ele representa uma comunidade que está ali, presente e reunida. Todos num mesmo objetivo. Cantar as alegrias e tristezas da Imperatriz e gritar para todo mundo ouvir.
Sou Forte São João!
A Imperatriz, enfim, pretende fazer um desfile mais técnico, charmoso, organizado e mais emocionante que do ano passado. Sabemos de nossas capacidades. Sabemos de nossas condições. A primeira é infinitamente maior que a segunda. A segunda, este ano, estará bem melhor do que ano passado. Confio na minha comunidade e nas minhas cores. Tenho paixão pelo meu samba e por minha bateria. E orgulho por meu pavilhão.
“RESPEITE A MINHA BANDEIRA”.
Amarguei um 9º lugar na verde e rosa. Nossa! Parecia que estava tomando chá de boldo com fel batido. Exatamente por não aceitar ter ficado atrás de escolas que desfilaram sem alguns carros; com carros sem um acabamento legal; alas faltando gente pra caramba e pedaços de fantasia etc.
O bom foi que a Imperatriz foi bem elogiada por surpreender muita gente com um desfile de visual muito bom. Claro que nem só visual ganha carnaval. Por exemplo, a MUG em 2006 quando falou do café, fez um desfile lindo de ver, mas a Jucutuquara levou a melhor.
Quero, entretanto, extravasar minha felicidade. Felicidade pintada com as cores verde e rosa. Ah! Como é bom ver a Imperatriz do Forte se apresentar. A alegria do componente estampado no rosto, às vezes sofrido da gente do morro. Gente que arregaça as mangas e se arregaça pra fazer o carnaval da escola acontecer. Gente como Marco Aurélio, Robinho, Rose, Jacaré, Cristiano, Toninho, Mineira, tanta gente que não cabe nessas linhas. E olha que nem citei o povo do barracão. Realmente uma multidão. Cada um fazendo um pouco, colocando um pequeno tijolo nessa construção cultural. Só entende o que digo, quem vive a experiência do Forte de São João.
E eu? Eu sou apenas um coadjuvante. Uma pessoa que faz a harmonia do casal de mestre sala e porta bandeira. Uma honra para mim! Vejo se a roupa dos dois está tudo certo; recolho os objetos do caminho (latinhas, garrafas, serpentinas e outros) para não atrapalhar a evolução do casal mais importante da minha escola. Ensaio junto com eles, é claro. Precisamos entrar em harmonia todos juntos. Numa mesma voz. Uma só emoção. Canto, canto e canto muito o samba-enredo sem parar, mas, sempre observando os dois e, sinalizando discretamente para ele se moverem, quando é preciso.
No desfraldar da bandeira que gira intensamente pela avenida aí sim, reconheço que estou exatamente onde deveria estar, pois ao avistar o pavilhão verde e rosa entendo o que ele significa. Ele representa uma comunidade que está ali, presente e reunida. Todos num mesmo objetivo. Cantar as alegrias e tristezas da Imperatriz e gritar para todo mundo ouvir.
Sou Forte São João!
A Imperatriz, enfim, pretende fazer um desfile mais técnico, charmoso, organizado e mais emocionante que do ano passado. Sabemos de nossas capacidades. Sabemos de nossas condições. A primeira é infinitamente maior que a segunda. A segunda, este ano, estará bem melhor do que ano passado. Confio na minha comunidade e nas minhas cores. Tenho paixão pelo meu samba e por minha bateria. E orgulho por meu pavilhão.
“RESPEITE A MINHA BANDEIRA”.
Tiago Mello
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