quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

DÔIA, A MADRINHA DA BATERIA DA ROSAS DE OURO!



O MANCHAFOLIA abre espaço para que as pessoas conheçam um pouco mais a história da Madrinha de bateria da ROSAS DE OURO.
Enilda Ribeiro Silva(Dôia), é técnica em contabilidade, mãe e dona de casa. Com seus bem vividos cinqüenta e dois anos, vê no carnaval uma das movimentações culturais que da sentido à vida.

MF- Porque Dôia?
D – Minha mãe queria que meu nome fosse Maria Auxiliadora, mas meu pai quando foi fazer o registro, homenageou uma pessoa que ele gostava muito, então meu nome ficou Enilda, no entanto minha mãe continuou me chamando de Maria Auxiliadora e minha irmã mais nova me chamava de Dôia, daí esse apelido.
MF- Quando e como surgiu Dôia no carnaval?
D- Eu era esportista, atleta do Colégio Americano e Náutico Brasil, fui recordista no Estado no salto em altura, praticava basquete e hand-bol.
Os ensaios da Novo Império eram no Náutico onde treinava, depois do treino ficava sambando na quadra, os diretores da escola me convidaram para desfilar .
MF- Fora dos dias de treino, você freqüentava ensaios?
D- Freqüentava com muitas dificuldades, meu pai não me liberava, então minha mãe dava cobertura, e eu pulava a janela para poder freqüentar ensaios.
MF-Quando foi seu primeiro desfile?
D- 1983 pela Novo Império na Jerônimo Monteiro, embora tivesse sido convidada por Zé Puã e Didiu para ser passista, desfilei como destaque no carro abre alas.
MF- Como chegou em Jucutuquara?
D- Nesse período comecei a namorar com Xavier, então intérprete de Jucutuquara, com quem casei e tive uma filha, Mariana, hoje passista de Jucutuquara.
Assim cheguei em Jucutuquara.
MF- Mas a partir de quando você começou a caminhar com suas próprias pernas em Jucutuquara?
D- Foi quando disputei um concurso para rainha de bateria de Jucutuquara, não me lembro o ano, perdi porém nunca mais me afastei de Jucutuquara.
MF- Como têm sido seus desfiles em Jucutuquara?
D- Comecei desfilando na ala de Regina Pepino, desfilei cinco anos na comissão de frente, apoio de destaque, ultimamente tenho desfilado como destaque em carros alegóricos, mas eu desfilo em qualquer lugar, o negócio é estar no bolo.
MF- Sabemos que você trabalha muito nos barracões, fale sobre isso.
D- Colaboro da forma que posso.
MF- Você coordenou passistas de Jucutuquara e o Grupo do Jornal “O Samba”, há alguma frustração interior?Você se projeta nessas meninas?
D -Não, até porque embora saiba sambar, não o faço como passista, sambo como terapia, eu gosto de dançar, frustração no carnaval? Não tenho motivos pra isso.
Eu gosto é de dançar.
MF- Como se transformou nessa pessoa querida no meio do samba?
D- Tratando a todos com respeito, é dessa forma que me tornei querida por onde passo.
MF – Obrigado Dôia por ter disponibilizado parte de seu tempo e de sua história para os acompanhantes do MANCHAFOLIA.

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