segunda-feira, 26 de julho de 2010

VOCÊ GOSTA DE GRITAR? ESSA É SUA HORA!!!

ESTATUTO!!!

O desmonte do Estatuto da Igualdade Racial

Hamilton Assis
O Estatuto da Igualdade Racial tinha como objetivo em sua proposta original propor medidas efetivas para reduzir a desigualdade racial entre negros e brancos. No entanto, num acordo espúrio com a participação de lideranças cupulistas do movimento negro (CONEN, UNEGRO, Agentes de Pastoral Negros e outras), a SEPPIR* e parlamentares conservadores do DEM e PSDB, em aliança com a base governista no Congresso Nacional (PT, PCdoB e seus aliados) formalizaram uma proposta que na prática nega a existência do racismo em nosso país.
Com isso, retroagimos em relação às conquistas do povo negro, que desde 1995, na grandiosa marcha a Brasília, havia assegurado o reconhecimento do Estado brasileiro sobre o racismo como inibidor da mobilidade social, política e econômica do povo negro.
A população negra em 2007, segundo dados do IBGE, superou a população branca e, no Brasil, 49,8% se identificava como preta ou parda. No entanto, estes dados não se refletem na participação dessa população nos espaços políticos e econômicos em nosso país, que enfrenta diferentes dificuldades para assegurar sua mobilidade social, econômica e política. Creditamos estas dificuldades, a um processo de reprodução da desigualdade que deriva da prática da discriminação racial por parte das instituições públicas no atendimento às demandas da população negra.
A discriminação sofrida por negros e negras no Brasil se deve a uma estrutura racial existente em nossa sociedade, que historicamente mantém privilégios e alimenta a exclusão e as desigualdades sociais, tendo como as principais vítimas as populações negras e indígenas.
A população negra tem maior dificuldade de acessar bens e serviços públicos, o mercado de trabalho, o ensino superior e gozar plenamente seus direitos. Dois terços dos pobres no Brasil são negros. Metade da população negra vive abaixo da linha da pobreza. Um jovem branco no Brasil tem três vezes mais probabilidade de chegar à universidade do que um negro.
O acordo que aprovou o Estatuto retirou reivindicações importantes contidas na proposta original, que visavam o combate e a redução dessas desigualdades em áreas como: saúde, educação, territórios quilombolas, meios de produção, meios de comunicação, acesso à justiça, adoção de políticas de cotas, direitos da mulher afro-brasileira e a exigência de cotas para atores negros e negras nos programas televisivos e em peças publicitárias. Retirou também o artigo que tratava da política nacional de saúde para a população negra e as propostas de incentivo fiscais a empresas que mantenha uma cota de, no mínimo, 20% de trabalhadores negros e negras em seu quadro funcional.
O relatório final nega a utilização histórica do conceito político de raça, a pretexto de estabelecer hierarquias em nossa estrutura social que inferiorizou, quando não inviabilizou, a presença do negro na nossa sociedade. Além disso, passou por cima da legislação internacional de combate e eliminação de todas as formas de discriminação racial, ratificada pelo Brasil em 1969. E ainda ignorou a declaração e o programa de ação de Durban, aprovado na 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância, realizada em 2001 na cidade africana de Durban. O programa estabelece várias obrigações ao Estado brasileiro para o combate à discriminação racial e ao racismo.
Repudiamos o pacto racial em torno do suposto Estatuto da Igualdade Racial, que preserva os privilégios das elites brancas e racistas. Reafirmamos nossas lutas por ações afirmativas e contra a discriminação de raça, gênero e orientação sexual.

Repudiamos o uso do Estado brasileiro para promoção da segregação racial e de privilégio de setores e o extermínio sistemático da juventude negra nas periferias urbanas, impetrado por uma polícia racista a serviço das elites dominantes do Estado brasileiro e sua segregação nos espaços urbanos e rurais configurando uma sistemática faxina étnica.

Além disso, apoiamos a criação da Frente de Ação Unitária do movimento negro combativo contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3239 do DEM (que questiona o decreto de reconhecimento dos territórios quilombolas) e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, também do DEM, que questiona a implementação da política de cotas na UnB. Defendemos a titulação imediata dos territórios quilombolas e a luta pela punição dos crimes de violência de Estado e genocídio do povo negro, particularmente da juventude negra.
Defendemos a implementação de programas de políticas afirmativas no mundo do trabalho, no SUS e na educação para corrigir as desigualdades. Assim como, propomos mudanças na política econômica – em defesa de um novo modelo de desenvolvimento, que seja desconcentrador da riqueza e redutor das desigualdades sociais, regionais, políticas e econômica, que implique na queda das taxas de juros, redução do imposto sobre o consumo, fim superávit primário, fim da livre movimentação de capitais especulativos, auditoria da dívida pública e defesa dos direitos trabalhistas.
Exigimos ainda o direito a ação indenizatória reparatória nos casos de comprovação de políticas discriminatórias institucionais que afetem populações negras e indígenas, com base no critério de raça, e o fortalecimento do caráter público do Estado (ampliação de instrumentos democráticos de participação popular através de mecanismos como plebiscitos, referendos e projetos de iniciativa popular).

* Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
** Escrito em 20 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

OBRIGADO!!!

Agradecimento

Ando devagar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Obrigado a todos e todas que surgiram e estão na minha estrada de reconstrução, tem que ser guerreiro e herói de si mesmo para sobreviver e ressurgir do vale dos mortos vivos onde tantos que comigo estiveram, permanecem.

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco eu sei
Eu nada sei

A força que vem do Poder superior é que me impulciona para um rumo de luta pela justiça independente de quantos são os injustos que tentam me sufocar, jamais saberão contra quem estão lutando,se eu que sou seu instrumento, pouco sei, ou nada...

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Após 26 anos de lutas marchas e contra-marchas, posso dizer conheço as manhas das manhãs, tardes e noites, inclusive as traiçoeiras, sei da importância da paz para que o sorriso seja sincero, e sei também não ser possível regar flores com lágrimas...

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
Ir tocando em frente

Cumprir a vida é simples, basta tocar em frente,sabendo que a estrada é longa...

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada
Eu sou
Estrada eu vou

Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora um dia
A gente chega
E o outro vai embora
Cada um de nós
Compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom se ser capaz
De ser feliz

XEQUE-MATE,

não abro de ser o único parceiro de Deus, capaz de conduzir a minha história, ...eu tenho o dom de ser feliz.., em detrimento daqueles que vivem do sofrimento alheio.
Sem nivelamento por baixo, são 26 anos de lutas e construções, onde até pseudos derrotas estão computadas no campo das vitórias.

XEQUE MATE!!!

Quem mais teria a condição e coragem de dizer nesse espaço; sou AA? Apenas eu, do alto dos 26 anos de reencontro comigo e com Deus,

Valeu Mancha Negra!!!





CAMINHE COMIGO...PLAY!!!

ESSA É A MINHA ESTRADA

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PARABÉNS DEVALDO!!!

16 de Julho de 1984
16 de julho de 2010
...CADA UM DE NÓS COMPÕE A SUA HISTÓRIA...
POR ISSO, AMINHA QUEM ESCREVE SOU EU...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CONSELHEIRA SIM !!!


Foi eleita nessa quarta feira dia dia 07/07 para representar os pais dos alunos da Creche Municipal, em Jucutuquara, ninguém mais que Marinilce Pereira, a mãe de Mariana Morena, uma vitória esmagadora, com o detalhe de não ter tido tempo de fazer uma campanha de verdade. Os pais dos aluninhos(as) não poderiam estar melhor representados. Aí sim, participar de um CONSELHO, com legitimidade para representar. Ah! se todos fossem assim ... Valeu Marinilce, vá em frente...AO RESGATE!!!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

25 ANOS!!!!

Hoje é dia de muita festa, o Pe. Dário está completando seus vinte e cinco anos de sacerdócio, todo dedicado aoa pobres e à militância junto ao Movimento Negro, principalmente aquí no E.Santo. Estaremos na Ilha de Santa Maria hoje, às 19:00hs celebrando juntos com o Pe. Dário uma bela missa.
Todos estão convidados!

Mancha!

domingo, 4 de julho de 2010

O SEMEADOR !




Continuo minha peregrinação no carnaval capixaba, acreditando e pregando que é possível fazer melhor do que estamos fazendo. Como não podemos abraçar todas as vertentes, me dedico à uma, o item HARMONIA, um quesito que vem sendo despresado por algumas agremiações e tratado equivocadamente por outras.
Transformei o quesito HARMONIA numa bandeira, por entender que ,através dele podemos avançar no sentido de qualificar a consciência carnavalesca em nossa ilha.
Estou preparando algumas matérias sobre HARMONIA NA VISÃO DE MANCHA, onde além de colocar o que prego, estarei trazendo a opinião de vozes discordantes desde que estejam na linha de construção positiva, pois meu projeto de organização não é fechado, e o ponto de partida é a realidade de cada agremiação, daí a nescessidade do recomeço sempre que chego pela primeira vez numa agremiação, o trabalho começa apartir do que encontramos.
Estou na
Imperatriz do Forte, com a convicção de que alí estarei dando mais uma cota de contribuição na tentativa de acabar com a cultura da Harmonia hoje praticada pelas grandes e nas chamadas pequenas agremiações, pois minha opinião é que, se todas forem qualificadas pelo trabalho de harmonia que pregam e apresentam hoje, podem ser igualadas, e por baixo.
Reforço o convite, venham debater esse quesito comigo, para que possamos sem pirotecnia, avançarmos bem além do construido até então.

Beijo no coração de quem tem!

Mancha!